quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Relatório das atividades realizadas no 2º bimestre - 2º campo

A segunda atividade de campo da pesquisa ocorreu no dia 22/07/2017, com o objetivo de verificar a quantificação, distribuição e espacialidade da espécie Melia Azadarach na Capela do Calvário de Campo Mourão. A atividade teve início por volta das 9 horas da manhã na área em questão, onde se realizou os transcetos para quantificação da espécie.

Neste primeiro transcecto (Figura 01) que foi realizado na borda da mata foi encontrada diversas árvores da espécie, principalmente na borda da mata. A maior concentração de espécies se encontrava onde é recebido maior incidência de luz solar, tendo maior desenvolvimento da mesma nestes locais.
Figura 01: Transecto realizado durante a atividade de campo
Fonte: Google Earth, 2017.

 Foram encontradas M. azedarach de diversos tamanhos e idades, onde as espécies encontradas eram, na sua grande maioria, era de jovens e adultas, com maior predominância de espécies adultas neste transecto. Nas árvores de maior porte foi encontrado grandes quantidades de briófitas e pteridófitas, principalmente na arvores mais antigas, que cresciam como hospedeiras nestas árvores, como é possível notar nas figuras 02 e 03 logo abaixo.
 Figura 02: Melia azedarach com presença de outras espécies epífitas.
Fonte: Acervo dos autores, 22/07/2017.

Figura 03: Melia azedarach com presença de outras espécies epífitas.
Fonte: Acervo dos autores, 22/07/2017.

.           No transecto em questão, foram encontradas 10 M. azedarach na fase adulta, com altura superior aos 6 metros, e 6 espécies jovens e de pequeno porte. Segundo informações de um morador da localidade, no passado existiam muito mais espécies na região. Porém, com o avanço da área agrícola sobre o terreno e o intenso uso de veneno para a lavoura se teve uma diminuição das espécies, que, segundo o morador, as que lá estão foram plantadas há alguns anos atrás.
            Dentre as 10 M. azedarach com altura superior aos 6 metros, duas destas foram retiradas medidas como largura da base, diâmetro e altura do peito e altura da espécie. Os resultados são descritos na tabela abaixo:
Espécie
Altura
Base
Diâmetro à altura do peito
M. azedarach 1
7,5 metros
2,15 metros
1,92 metros
M. azedarach 2
15, 3 metros
2,40 metros
1,28 metros (1ºtronco)
1,37 m.  (2º tronco)
Tabela 01: Medidas de espécies encontradas.
Organizada por: autores

Com isso, essa pesquisa de campo foi essencial para conhecermos um pouco a mais sobre a M. azedarach. Podemos concluir que esse campo foi satisfatório, pois encontramos bastantes elementos e características que contribuíram para a pesquisa em si. Notamos que as espécies com maior presente de epífitas são as mais velhas, que acabam sendo sufocadas por essas invasoras, mas elas ainda resistem por estarem adaptadas ao meio em que se localizam.


Relatório das atividades realizadas no 2º bimestre - 1º campo

O primeiro campo realizado para coleta de dados ocorreu no dia 08 de julho de 2017, com início às 8h:30min e término às 12h:30min, se tendo a participação de todos os proponentes do grupo. O campo teve como objetivo uma verificação inicial da distribuição das espécies Melia azedarach, Cedrela fissilis e Cabralea canjerana na área da Capela do Calvário (Figura 01), no município de Campo Mourão – PR, já que tal área havia sido visitada anteriormente por dois membros da equipe (Jonathan e Lucas) junto ao professor orientador Mauro Parolin.

 Contudo, tais objetivos foram alterados no decorrer do campo que teve o auxílio do professor Dr. Mauro Parolin. Tais modificações realizadas serão tratadas adiante no presente relatório.

Figura 01: Recorte da localização da área de estudo inicial do campo.
Fonte: Google Earth, 2017.

Num primeiro momento, o grupo estabeleceu um transecto aleatório em uma área da Capela do Calvário para identificar a presença de alguma das três espécies.  Tal transecto foi em uma mata fechada, partindo de um C. fissilis avistado em um espaço aberto, próximo as moradias. Contudo, não se encontrou nenhuma das espécies no transecto. Na figura 02, está destacado o percurso realizado em vermelho e a identificação do ponto de partida, sendo uma espécime de C. fissilis.
Figura 02 - Trajeto realizado no primeiro campo
Fonte: Google Earth, 2017.

            Ao analisar a borda da vegetação um pouco mais à frente do primeiro transecto, constatamos um intenso número de M. azedarach na área, desde espécies bastante jovens até espécies adultas. Por conta de tal ocorrido, o professor Mauro Parolin orientou o grupo a estudar a distribuição da M. azedarach somente, já que a mesma era bastante presente ao longo da borda da vegetação na área (Figuras 03, 04 e 05).

Figura 03: M. azedarach adulta na área de pesquisa
Fonte: acervo dos autores, 08/07/2017.

Figura 04: Marcação das espécies encontradas
Fonte: acervo dos autores, 08/07/2017.

Figura 05: Marcação das espécies encontradas
Fonte: acervo dos autores, 08/07/2017.

O processo de buscar as espécies na borda da vegetação teve resultado positivo e foram encontradas diversas M. azedarach no entorno da mata, como é representado em vermelho na figura abaixo.

Figura 06 – Algumas espécies de M. azedarach encontradas na área de estudo
Fonte: Google Earth, 2017.

O encontro das espécies em questão possibilitou uma nova reflexão sobre os objetivos do projeto e a metodologia selecionada. Neste sentido, o professor orientador Dr. Mauro Parolin auxiliou na modificação dos processos elencados para o desenvolvimento do projeto. Foi estabelecido uma redução da área, como apresenta a figura 07.

Figura 07 – Nova área de estudo do campo realizado.
Fonte: Google Earth, 2017

Neste sentido, durante o campo, os objetivos e as metodologias do projeto de pesquisa foram alterados, onde não mais se pesquisaria as espécies C. fissilis e C. canjerana, somente a M. azedarach, no qual faríamos um estudo de sua distribuição em quatro transectos ao longo da área da Capela do Calvário e alguns outros transectos nas outras duas áreas de estudo, que são uma área próxima à BR 158 e outra próxima ao Jardim Paulista.
A metodologia dos transectos também sofreram alterações, onde serão divididos a cada 50m da borda (totalizando quatro transectos), adentrando na mata a cada 20m, catalogando as M. azedarach encontradas, sendo interrompido o percurso caso não seja encontrado a espécie na terceira medida, como é representado na figura 8.

Figura 08 – Modelo de representação da metodologia dos transectos.
Elaboração: PERICINOTO, J.S., 2017.

            Durante o campo em questão, estabeleceu-se um croqui com a metodologia a ser utilizada na área da Capela do Calvário (Figura 09). Assim, como já mencionado, definiu-se que quatro transectos seriam realizados, sendo um na borda da vegetação e outros três adentro à mata, para que pudéssemos identificar até onde, no interior da vegetação, conseguiríamos identificar a presença da M. azedarach

Figura 09: Croqui da área de estudo da Capela do Calvário
Fonte: acervo dos autores, 08/07/2017

            Dentro desta nova metodologia, ainda ficou definido que o grupo irá fazer um levantamento de quantas espécies adultas e quantas espécies mais jovens existem, além de mostrar como são as condições das M. azedarach que se encontram mais ao interior da mata. Ao final dos estudos na área, iremos analisar se a espécie apresenta um comportamento invasivo na região de estudo, como colocam alguns autores ao afirmaram que a M. azedarach é uma espécie invasora e que compromete o desenvolvimento de outras espécies.
            O que os proponentes do grupo já puderam constatar nesta primeira atividade de campo foi um elevado número M. azedarach jovens em meio a outras já numa fase adulta, superiores aos 6 metros de altura (Figura 10).

Figura 10: Medição de M. azedarach adulta.
Fonte: acervo dos autores, 08/07/2017

Todas as árvores observadas já se encontravam sem as suas folhas, apresentando somente os frutos. Também foi possível notar, numa análise inicial, que no interior da vegetação as espécies estão tomadas por invasoras e muitas já morrendo, onde se nota que as espécies que estão na borda da mata estão se desenvolvendo bem, ao contrário destas do interior da mata.



segunda-feira, 26 de junho de 2017

Apresentação do blog

O presente blog se refere ao projeto intitulado "Distribuição populacional de Melia azedarach em áreas do município de Campo Mourão/PR", proposto pelos acadêmicos Guilherme Cruz, Jonathan Pericinoto, Lucas Salmeron e Maycon Cezar, orientados pelo professor Dr. Mauro Parolin na disciplina de Biogeografia do curso de Geografia da Unespar, Campus de Campo Mourão.
O objetivo do projeto em questão é identificar a presença da espécie Melia azedarach (L) em áreas delimitadas na cidade de Campo Mourão - PR, analisando a distribuição espacial e as características desta espécie. Por meio deste blog, publicaremos os resultados obtidos com a pesquisa, bem como as fotos e relatórios realizados com os campos e com as pesquisas bibliográficas realizadas.


Relatório das atividades realizadas no 2º bimestre - 2º campo

A segunda atividade de campo da pesquisa ocorreu no dia 22/07/2017, com o objetivo de verificar a quantificação, distribuição e espacialida...